quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Felpo Filva



Era uma vez, um coelho que era um famoso poeta e escritor! Porém, só escrevia histórias tristes e pessimistas... O problema é que ele teve uma infância muito difícil, pois nasceu com uma orelha maior do que a outra. Seu nome era Felpo Filva.





Apesar de ter usado durante muitos anos um aparelho chamado Sticorelia Rabite Perfection, suas orelhas continuaram de tamanhos diferentes.



Por causa disso, as outras crianças na escola de Felpo zombavam dele. Assim, quando ele cresceu, preferia ser solitário. Não gostava muito de sair e mal conversava com os vizinhos. Todos os dias, recebia dezenas de cartas de seus fãs, mas não dava a elas a mínima importância. Até que um dia, uma carta chamou sua atenção...


Era de uma coelha chamada Charlô. Ela dizia que, apesar de gostar muito de suas histórias, achava que os finais eram sempre muito pessimistas. Até mesmo sugeriu outros finais para suas histórias! O coelho ficou muito bravo e respondeu a carta da fã...

A partir da leitura deste livro, foi trabalhado com uma turma de terceiro ano vários gêneros literários. O projeto se iniciou com uma carta que Felpo enviou para a turma, Todos ficaram muito curiosos para ler o livro!

Fizemos então um amigo secreto de cartas: cada criança sorteou um amigo para o qual enviou uma carta pelo correio. Eles adoraram a atividade, ficaram muito ansiosos esperando as cartas, curiosos para descobrir quem tinha enviado.

Também foi proposta a produção de um texto no qual eles encontrariam o Felpo Filva, acrescentando elementos da história. Em algumas produções, teve criança que apresentou o Felpo e a Charlô!

Um terceiro gênero textual foi trabalhado, o manual, aproveitando o manual do Sticorelia. Além disso, foram realizados trabalhos de artes. Foram produzidas maquetes com cenários da história e um desenho do Felpo utilizando materiais e papeis diversos.

Ao longo do projeto, em diversas oportnidades discutimos sobre os sentimentos, momentos em que as crianças já tinham se sentido excluídas ou chateadas com alguma brincadeira, e até crianças que fizeram brincadeiras que foram desagradáveis para alguém também refletiram sobre o assunto.

Trabalhar o projeto foi uma delícia! Quer saber o final da história? Leia o livro da Editora Moderna! Sabia que a autora, Eva Furnari, recebeu muitos prêmios por esse livro e muitos outros? Garanto que você não vai se arrepender...

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

O Guilherme... e as memórias!

Capa do livro

Esse menino pequeno com nome grandão é um verdadeiro amigo e muito curioso. Ele, que mora do lado de um asilo de idosos, descobre que a Dona Antônia, sua grande amiga e confidente, perdera a memória. Como um bom parceiro, ele logo quer encontrar as memórias perdidas da Dona Antônia e para isso parte em uma verdadeira investigação sobre "o que é memória?". Com a ajuda de seus outros amigos do asilo, Guilherme Augusto Araújo Fernandes descobre que a memória é "algo bem antigo, que faz chorar, faz rir, que vale ouro, algo que é quente". Com essa descoberta o menino decide levar para a sua amiga um conjunto de objetos que são "bem antigo, que faz chorar, que faz rir, que vale ouro e algo quente" (conchas, medalha do seu avô, uma marionete, sua bola de futebol e um ovo que a galinha acabou de botar!). Quando Dona Antônia recebe esses presentes ela começa a se lembrar de situações que vivera e que estavam guardadas junto com suas memórias!


Guilherme, Dona Antônia e a cesta de presentes.



A partir da leitura dessa história, propomos à turma que façam um baú de memórias. Esta atividade é para ser feita nos primeiros dias de aula do semestre. O baú pode ser feito de diversas formas diferentes (papelão, madeira ou até mesmo uma caixinha de sapato; em conjunto com os alunos e até podemos pedir para que o Sr. Antônio, o pai do Pedrinho, nos ajude!); nele guardamos algo que seja representativo da nossa melhor memória até hoje (pode ser um objeto, uma foto ou um desenho, o que a criança quiser!) e combinamos com a turma que no final do semestre vamos abrir nosso baú e contar para toda a sala o motivo de termos escolhido esta ou aquela memória! Também podemos propor uma história coletiva com as memórias de cada um e pedir que as crianças escrevam sua história (individual ou a coletiva), que pode se transformar em um livrinho da turma!

Com este projeto, trabalhamos algumas questões com a turma que vão da prática de leitura ao desenvolvimento oral e ao trabalho escrito. Além disso, a temática "memória" desperta sentimentos de afeto, saudade e também a criatividade da criançada! Espero que vocês se divirtam na companhia de Guilherme!

A autora da História é Mem Fox "um tesouro nacional australiano que emana uma grande energia"*. Dentre sua obra estão os títulos "Guilherme Augusto Araújo Fernandes", "Possum Magic", "Time for Bed".

Mem Fox


*extraído de: http://www.brinquebook.com.br/autores.php?autor=73






quarta-feira, 16 de outubro de 2013

O Ratinho, O Morango Vermelho Maduro E O Grande Urso Esfomeado

Gostaria de compartilhar com vocês uma experiência que tive, em sala de aula, com leitura e uma atividade relacionada!
Levei um livro de histórias chamado "O ratinho, o morango vermelho maduro e o grande urso esfomeado", e contei para a minha turminha do Maternal II (2-3 aninhos). 

A história é sobre um ratinho que interage com o leitor... Durante o livro o "leitor" vai perguntando para o ratinho o que ele está pensando em fazer e o ratinho vai respondendo, em forma de ilustrações... 
No início do livro o rato aparece pegando uma escada para alcançar um morango que está no ponto de ser colhido. Mas de repente, o leitor conta que há um grande urso esfomeado que adora comer morangos vermelhos maduros! 
Então, o ratinho faz de tudo para salvar o morango... E o leitor, querendo ajudar, sugere que para acabar logo com o morango, e o urso não chegar a tempo para come-lo, é preciso dividir e oferecer a metade para ele. Assim, eles comem o morango todinho, sem deixar nadinha para o urso!

As crianças adoraram a história, principalmente quando levei uma caixa de morangos. Cortei os morangos ao meio e chamei as crianças para pegar e dividir a metade do morango com um amiguinho!!
Fiquei muito contente com a empolgação das crianças em participar, e também por passarem a falar em dividir com os amigos. E até me surpreendi quando alguns pais comentaram comigo que as crianças contara sobre a atividade!
Essa atividade é simples e as crianças adoraram. Contar histórias é muito bom! E é sempre importante inovar com algumas brincadeiras, ou atividades, para passar o conhecimento e fazer nascer uma admiração pela leitura.
E fica uma dica para todos os professores, pessoas que gostam de ler para crianças e admirados de livros de educação infantil... Todos os anos, o Banco Itaú oferece uma pequena coleção de livros infantis. E foi desta maneira que recebi o livro do ratinho, sem pagar nada! Então, quem tiver interesse, entre no site, faça o cadastro e peça a sua coleção... www.itau.com.br/itaucrianca.
Até a próxima história...

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

DAR ASAS A IMAGINAÇÃO!


Será que nos lembramos como a mente de uma criança é criativa? Quantas vezes durando o período da aula a professora precisa parar porque seus alunos querem contar uma história?

Ahh, deixe-me pensar... Várias vezes a professora precisa parar!

Estou fazendo estágio numa Cemei, no agrupamento três e a professora hoje propôs para seus alunos que eles criassem uma história. Cada um deveria falar um pouco e assim complementando a fala do colega anterior.

Bruno começou a história da seguinte forma: Havia um elefante e ele estava com muita sede. O elefante não sabia onde encontrar água para beber...

Isadora continuou: O elefante foi até a casa do seu amigo coelho pedir ajuda, mas o coelho também não sabia onde poderia encontrar água para beber.

Sucessivamente as crianças iam falando e chega a ser fantástico como o imaginário infantil trabalha. O elefante do deserto foi parar no Polo Norte, que do Polo Norte foi parar dentro da barriga de um tubarão, que foi resgatado por uma tartaruga que cortou a barrida do tubarão, que o levou numa ilha onde havia muitas cachoeiras com água para beber.

As crianças criaram um título para sua história: “O mistério da água e os amigos da floresta”.


Dar assas a fantasia das crianças e aguçar sua imaginação é sem dúvida uma ótima opção para quem está dentro da sala de aula.

Boa sorte!!!!!

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

projeto literário e relação com o brinquedo!

Oi!

O objetivo do blog é o trabalho com a literatura infantil e a educação. Quais são as diferentes perspectivas de exploração e como o lúdico pode fazer o conhecimento caminhar de forma mais prazerosa, principalmente para os alunos de educação infantil.

No segundo bimestre desse ano, uma turma do infantil realizou uma atividade com a coleção os Pingos, de Mary França e Eliardo França, da Editora Ática. Fazendo assim um projeto literário.



Essa turma possui 2 anos e todos estão na etapa da curiosidade, da descoberta do mundo. E o contato com o livro dos pingos foi extremamente enriquecedor nesse sentido. Os pingos trouxeram o assunto da alimentação, da amizade, das formas geométricas, cores e muitas outras perspectivas que eles próprios exploravam.

O maior enfoque foi na relação do cuidado. Um dia eles chegaram na escola e encontraram pacotinhos escondidos na sala, cada pacotinho tinha um pingo de pelúcia e cada um se apropriou do pingo que encontrou. O pingo passou a acompanhá-los por todos os lugares e eles deviam cuidar deles e ao final do período eles tinham a casa em formato de regador (como a da história) para deixarem os pingos descansando até o dia seguinte. 






Como eles tinham que cuidar dos pingos foram propostas brincadeiras típicas, como por exemplo esconde-esconde com os pingos. O enfoque no brincar e a relação com as histórias foram sempre muito presentes durante o projeto literário. 


Eles fizeram a pintura dos seus pingos, cada um pode reproduzir do seu jeito usando tinta e as mão como eram os seus amigos ratinhos. Eles puderam fazer uma colagem coletiva do habitat dos pingos, montando assim uma espécie de biblioteca para eles "lerem" os livros dos pingos.



Um dia eles chegaram na sala e tiveram uma grande surpresa. Não haviam mesas, nem nenhum brinquedo que eles estavam acostumados, apenas os pingos representados com bexigas do tamanho deles e os livros da coleção pendurados com elásticos, fazendo com que eles tivessem livre acesso.


Após a observação da sala, eles puderam brincar com os pingos gigantes, ler as histórias do jeito deles e mostraram como é importante a relação do lúdico com a aprendizagem. Pois eles criaram uma relação com o brinquedo diferente da que eles possuíam, antes o brinquedo era quebrado, jogado no chão e muitas vezes machucava o amigo. Após o cuidado que eles tiveram com os pingos eles passaram a demonstrar maior cuidado com os brinquedo e com os próprios amigos. Fazendo assim com que uma das maiores dificuldades dessa faixa etária fosse superada.

Espero que gostem das dicas!